Thursday, October 15, 2009

UX em roupa de bébé

Não há forma de não pensar constantemente em UX, mesmo estando de licença de maternidade. Antes do meu bébé nascer procurei por todo lado roupinhas fáceis de vestir e confortáveis para ele. Parece uma coisa fácil, e deveria sê-lo, mas na verdade não há muitas marcas que cumpram os requisitos. Fiquei surpreendida com a falta de empatia que os designers de moda infantil têm com os bébés e pais. Passo a exemplificar:
- Na grande maioria das lojas só se vende roupa com sistema de molas de fechar nas costas. Ora os bébés passam a maior parte do tempo deitados de costas ou sentados com as costas encostadas. Tentem agora imaginarem-se deitados ou encostados, tendo uma camisa vestida com molas pelo meio das costas abaixo. E já agora imaginem as molas em proporção com o vosso tamanho (mais ou menos o equivalente a umas tampas de garrafa de água. Então, que tal?
- Roupa de fechar atrás também não é muito fácil de vestir principalmente para pais com pouca experiência, pois é preciso estar a dar voltas ao bébé.
- Algumas aplicações e bordados que enfeitam tando os fatinhos dos bébés às vezes são tão espessos que parecem escudos de protecção. Não deve ser muito confortável ir para a cama com colete de balas...
- As famosas etiquetas que irritam crianças e adultos, também estão nas roupas dos bébés e por vezes em materiais que picam mesmo. É chato ter de cortar as etiquetas porque dá jeito manter as instruções de lavagem ou até saber o tamanho da peça para que possa ser reutilizada futuramente.
Como cliente e tendo visto roupa de várias marcas e lojas para bebé como Pré-Natal, Chicco, Petit Patapon, Absorba, Timberland, Zippy, C&A e Benetton, dou 5 estrelas à Absorba pela originalidade, beleza, funcionalidade, conforto dos materiais e impressão da informação da peça no interior da própria roupa evitando assim as etiquetas. (A Zippy, em muitas das peças, também imprime em vez de usar etiquetas).
As que mais impressionam pela negativa são a Chicco e a Pré-natal onde não encontrei um única peça que não fosse de apertar nas costas!
Bora lá fazer roupinha "usável" para os bébés que precisam que estejemos atentos às suas necessidades, porque eles não se podem queixar.